terça-feira, abril 2

Confissões mudas de um amor cúmplice
Ela o abraça com entusiasmo e chora em seus ombros as lágrimas do amor intenso. Os corações batem forte e o sangue ferve nas veias e artérias. Ele a sente junto ao seu corpo, quente, bela, linda e ofegante. As lágrimas de amor se misturam numa melodia sem fim, enquanto os olhares se encontram com o peito encharcado pelas lágrimas. Os braços envolvem os corpos apaixonados e os perfumes formam uma só fragrância, a fragrância do amor sincero. Os pensamentos fundem-se na compreensão de que aquele momento é a manifestação mais forte de sentimento puro que já pôde existir.
Ela olha para ele com os olhos melancólicos. E então, ele a beija em sua testa, aproxima-se de seu ouvido e diz aos sussurros: "Eu te amo muito". Ele vai embora e some na multidão em passos rápidos e nostálgicos. E ela permanece sentada sob as árvores ouvindo a música que toca ao fundo, pensando em como tudo aquilo irá acabar, ou melhor, continuar. Eis que renasce um amor antigo e intenso, verdadeiro, sincero e cúmplice. O que vai acontecer agora? Ele não faz a mínima idéia.